sexta-feira, dezembro 31, 2004

segunda-feira, abril 26, 2004

Desmascarar os grandes mitos da humanidade - parte I

O homem já esteve na lua.

Em primeiro lugar, os americanos teriam chegado numa manhã e, como toda a gente sabe, a lua só aparece à noite. Depois, naquela altura estava em quarto minguante, fazendo com que houvesse muito menos terreno para aterrar. Muita gente nos próprios EUA não acredita nesta história e há quem comprove que tudo não passou de um filme encenado num deserto qualquer. O próprio nome do homem que supostamente pisou pela primeira vez solo lunar é típico de um actor de Hollywood: Neil Armstrong. Para mim, aproveitaram as imagens de uns sujeitos amaricados vestidos de marcianos, aos pulinhos no carnaval. Não sei como é que querem que uma pessoa normal acredite que um ser humano pode respirar com aqueles fatos enormes em cima. Podiam fazer a coisa mais real e pôr os homenzinhos a dizerem palavrões e a cuspirem para o chão, como qualquer bom pai de família português. Sei que é tudo mentira por experiência própria: conheço a lua melhor que ninguém e até ando muitas vezes por lá – pelo menos é o que diz o meu patrão.

A Terra é redonda

Se o nosso planeta fosse mesmo redondo, as pessoas do hemisfério sul caíriam pelo espaço fora ou, pior ainda, escorregavam até ao polo sul. Ainda por cima, esta enormidade foi provada por um português: o navegador Fernão de Magalhães, ao dar a primeira volta ao mundo num barquito. Provavelmente, como qualquer vulgar lusitano habituado a falcatruas, arranjou um esquema para sacar dinheiro gratuito. A forma como o fez é fácil: apanhou um avião até às Canárias e ficou lá uns anitos em férias à custa do Estado (felizmente foram os contribuintes espanhóis a serem enganados); algum tempo mais tarde, fez um cruzeiro até aos Açores e aí arranjou uma nau para poder chegar triunfador ao continente. E assim o mundo viveu com uma presunção estúpida durante séculos. Muito mais tarde, no século vinte, interessou aos americanos continuar com a mentira de que o homem não está no centro do mundo – se assim fosse, não poderiam ter feito tanto dinheiro com filmes sobre extraterrestres. Assim, o mesmo povo que tentou vender a ideia que esteve na lua, arranjou umas fotos de uma bola de futebol azul com manchas brancas e disse a toda a gente que aquilo é a Terra – o maior apoiante desta falsidade foi o presidente Pinto da Costa, iniciando na altura um império que dura até hoje.

segunda-feira, abril 05, 2004

Resultados da votação "Os advogados da Casa Pia são..."

Simlpesmente advogados...........................................................47%
Uma doença............................................................................21%
Uma micose.............................................................................19%
Um vírus..................................................................................14%

Continue a participar, porque votar é um dever cívico!

sexta-feira, março 19, 2004

Alerta Geral!

Ultimamente não tenho dormido nada e a culpa é dum e-mail que recebi. Já não bastavam as preocupações que tenho por causa do Governo, do estado da Justiça e da Saúde em Portugal, das crónicas do Marcelo na TVI e das escolhas do Scolari. Agora fiquei a saber que não estou seguro em nenhum lado e tenho andado aterrorizado.
Normalmente nem abro a maioria do meu correio electrónico, por causa das campanhas de sites pornográficos ou, pior ainda, dos comentários sobre o que aqui escrevo. Às vezes recebo uns avisos esquisitos para as pessoas terem cuidado com fraudes nos telemóveis e coisas do género. Não costumo acreditar nesse tipo de coisas e muito menos faço o que me pedem e reencaminho-os, mas desta vez acho que é importante alertar a população em geral, até pela credibilidade óbvia do texto.


Tem muito cuidado ao parar nos semáforos onde ficam aqueles malabaristas com fogo. Enquanto o condutor está a assistir ao show, outro malabarista vem por trás e atira um cocktail molotov para dentro do carro! O condutor, assustado e com o carro em chamas, sai a correr desesperado. Nesse momento, surge um terceiro malabarista, que vem pela direita e atira um chimpanzé domesticado para dentro do carro, vestindo um fato com isolante térmico. Este chimpanzé, treinado na cidade do Cairo (Egito) e alimentado com damascos gigantes da Nova Guiné, rouba o auto-rádio e tudo o que houver dentro do automóvel. Enquanto isso, dois falcões peruanos de caça fazem vôos rasantes sobre a cabeça do condutor, distraindo a sua atenção para o que está a acontecer dentro do carro! Quando o chimpanzé abandona o carro, eles fogem numa trotinete motorizada verde musgo, fazendo uma pirâmide humana e cantando "Afinal Havia Outra" da Ágata, rumo a outro semáforo...

O marido da prima da vizinha da cunhada da tia de um amigo meu passou por isso, então resolvi dar o alerta.


Não é assustador? E pensar que anda gente preocupada com coisas insignificantes como os atentados bombistas e outro tipo de terrorismo. Normalmente não me amedronto facilmente com o discurso dos dirigentes do futebol - nem sequer com as telenovelas portuguesas da SIC e outras coisas arrepiantes, mas isto é demais!

terça-feira, março 02, 2004

Carta ao Rei da Jordânia

Tenho andado cheio de dores de cabeça por causa da situação económica e social portuguesa. Achei que é meu dever patriótico fazer algo, por isso resolvi escrever para o palácio do soberano da Jordânia. Porquê um país do médio oriente? Bom, uma nação europeia não me ia ligar nenhuma e, para mais, naquela região estão cheios de dinheiro do petróleo. Devem ter algum para nos dispender. Tenho a certeza que o Rei Abdullah II ficará sensibilizado com as minhas palavras – reparem na forma como consegui estabelecer paralelismos entre os dois países. Nas próximas semanas vou estar atento à caixa de correio, porque posso muito bem ter uma surpresa.

Caro Rei,

Venho por este meio pedir uma ajuda monetária para o meu país. O governo português tem andado muito preocupado com um pacto de estabilidade europeu que só vale para os pequenos países. Por isso, o Estado não tem dinheiro para melhores hospitais, escolas, espaços culturais e, pior para a economia, para o investimento nas empresas nacionais. O dinheiro que não temos vai para antros de violência, corrupção e desperdício – talvez já tenha ouvido falar, chamam-se estádios de futebol.
Como contrapartida dum generoso contributo, podemos ensinar os vossos terroristas a fazerem coisas inacreditáveis: desabar pontes inteiras através da remoção de areias, ruir edifícios sem manutenção, fazer desfalques e ficar impune, transformar as prisões em hospitais de tortura e hospitais em prisões infernais.
Ao contrário do que pode pensar à primeira vista, os nossos dois países têm muito em comum: os piors criminosos são transformados em mártires heróis, os bombistas são amnistiados pelos camaradas, os políticos são manipuladores e até muitos médicos são corruptos. Para além disso, fazem-se referendos e eleições que não servem para nada. Vossa Majestade não tinha pensado nisto tudo, pois não?
Um cheque de 1.000.000 de euros ao portador servirá para uma boa ajuda inicial e será muito bem vindo.

Porto, 3 de Março de 2004

Com os melhores cumprimentos,

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Marte

Hoje de manhã estive a ver na TV algumas imagens das sondas a Marte. Só pergunto: para quê gastar milhões (que podiam ser utilizados a fazer guerras com países subdesenvolvidos) a fotografar um deserto noutro planeta? – Temos aqui na Terra tantos sítios sem rasto de vida inteligente (a Assembleia da República, por exemplo) e uma série de locias não habitados (o interior do país, por exemplo).

Só consigo ver duas razões para se chamar “planeta vermelho”: ou os nossos amigos marcianos são camaradas leninistas que comem criancinhas (não necessariamente no sentido casapiano); ou então, pior ainda, são todos benfiquistas esperando as velhas conquistas do passado, sem saberem que o seu suplício vai durar décadas.

Mas Marte pode ter uma série de utilidades, se soubermos explorar o potencial de um local tão longe da Terra. Por exemplo, podia ser o destino de tudo aquilo que não faz falta entre nós: os pedófilos e os advogados do “processo Casa Pia”, a Al-Qaeda e a “Greenpeace”, a família Bush e os primos socialistas, a caspa e os dirigentes do futebol. Por outro lado, quando foi noticiado que há água em Marte, foi formado um movimento de cidadãos portugueses, em cidades como a Amadora, a pedirem para serem transportados para lá, onde certamente teriam melhor abastecimento.

Devo dizer que aquelas imagens não me conveceram nada. A verdade é que por detrás das câmaras da NASA estão uma série de marcianos a apanhar sol e a ver o “Quem quer ser milionário”. Sim, tenho a certeza de que há vida inteligente em Marte – e a prova disso é que querem distância da humanidade. Aliás, também há vida noutros planetas e muitos extraterrestres visitam-nos – não vejo outra forma de explicar a existência da Roberto Leal, da Maria Vieira e do José Castel-Branco. Também acredito que há uma conspiração de alíegenas para controlar o planeta, instalados em instituições como a Microsoft, o Parlamento Europeu, o Bloco de Esquerda e a Endemol. Suponho até que um desses seres, de aspecto simiesco, comanda a maior super-potência do mundo, tentando destruir o que o Homem construiu ao longo de milénios. Outros ainda, como o Paulo Coelho e a Rita Ferro, estão decididos a espezinhar a nossa cultura e a implantar uma nova forma de linguagem sem conteúdo. Será que vão conseguir?

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Monarquia à Portuguesa

Primeiro teríamos de chegar a um consenso sobre o verdadeiro pretendente ao trono: ou o D. Duarte, ou o Nuno da Câmara Pereira, ou o pasteleiro da esquina, ou o rei da música pimba. Caso não chegassemos a nenhuma conclusão, sempre podemos juntar-nos de vez a Espanha quando o Felipe Bourbon chegar ao trono – seria o Filipe III de Portugal, como antes da Restauração.

Se alguma vez quisermos convencer o povo português que a monarquia é melhor, basta dizer que teríamos muitos mais feriados, com imensas festas dos reis antigos. Para mim, homem do norte, o pior seria o advento dos fados e das touradas, em substituição do futebol e da política (respectivamente).

Mas as mudanças seriam muitas. Por exemplo, o “bolo-rei” chamar-se-ia de “bolo-presidente” e, em vez de frutos secos, traria tremoços e seria regado com aguardente. Também seriam criados novos títulos de nobreza, como o “Bisconde de Bila do Conde” para Pinto da Costa, o “Duque de Ouros” para Belmiro de Azevedo, a “Duquesa da Despesa” para Manuela Ferreira Leite e o “Barão Horroroso“ para Durão Barroso.

As revistas populares e a TVI teriam muito que falar, com a vinda a Portugal de fidalgos estrangeiros muito conhecidos, como o Don Perignon de França, o Dom De Luise dos EUA e a Dona Tela Versace de Itália. A Lili Caneças e a Cinha Jardim seriam deportadas para a Etiópia, e as novas rainhas do “jet-set” seriam princesas do norte da europa. O José Castel-Branco e o Carlos Castro iriam para o circo, em jaulas suficientemente seguras para os podermos ver de perto.

O maior problema é que teríamos de fazer uma revolução. Mas para isso bastava convencer os “Capitães de Abril” que queremos um regime estalinista. – Já estou a ver o povo a sair à rua com cravos azuis e a pedir a libertação dos presos políticos (Bibi, Carlos Cruz e companhia), exigindo que sejam elevados a heróis da pátria. De que estamos à espera?

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Óscares do Provocador

Foram anunciados em Hollywood na semana passada, os candidatos anuais aos Óscares do cinema. Mas não é só por terras americanas que existe esse galardão. Aqui mesmo em Portugal, por exemplo, acabaram de ser instituídos os “Óscares do Provocador” – não são mais do que um prémio especial para as frases mais ruidosas do ano. Espera-se com isto, incentivar cada vez mais gente a ser substancialmente concludente nas afirmações e inventivamente subtil nas palavras. O júri, composto pela múltipla personalidade do “Provocador” e reunido nas catacumbas da sua sensibilidade, decidiu entregar os seguintes Óscares:

Óscar da “maior prisão de ventre” para...
Ferro Rodrigues, com a frase:
- Estou a cagar-me para a justiça!

Óscar “ainda não tínhamos reparado” para...
Manuela Moura Guedes, com o epílogo diário:
- Boa noite, eu sou a Manuela Moura Guedes!

Óscar “também vou exilar-me nas férias” para...
Fátima Felgueiras, com a afirmação:
- Sou uma exilada política!

Óscar “em Portugal chegavas a presidente” para...
Al-Sahaf, ex-ministro da informação iraquiano:
- Não há infiéis americanos em Bagdad. Nunca!

Óscar “afinal a solução era tão simples” para...
Arnold Schwarzenegger, com o inesperado:
- O casamento homossexual deve ser entre um homem e uma mulher!

Óscar “então contrata o plantel de futebol do Boavista” para...
Saddam Hussein, com o frase surda:
- Não tenho armas de destruição maciça!

Óscar “já estive com uma sereia” para...
Gorge W. Bush, com o poético:
- Sei que os seres humanos e os peixes podem coexistir pacificamente.

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Mulheres!

Tenho andando deprimido e desanimado, por isso ontem à noite fui a um daqueles bares onde as pessoas vão e se deixam ir. Precisava de ver gente nova e mulheres bonitas, por isso fui a um daqueles sítios onde se paga muito para entrar. Andei de um lado para o outro, vagueei por entre as pessoas, em busca de alguém que me fizesse sentir novamente diferente. Até que descobri, sozinha ao lado do bar, como numa aparição, a mulher dos meus sonhos: linda de morrer mas discreta, altiva mas sorridente, com feições nobres e perfeitas. Só de olhar para ela já me sentia melhor, porém arrisquei uma conversa simpática e prudente. De repente, pergunta-me inesperadamente se eu sou rico ou posso fazer obras no solar da família. Claro que neguei, mas disse-lhe que a podia fazer muito feliz. Ela respondeu:
- Como? Vai-se embora?
Que grande balde de àgua fria. Depois de conseguir respirar outra vez, fui dar uma volta. A verdade é que havia muito peixe no mar e o melhor seria deitar o anzol para esquecer aquele infeliz incidente. Fui ao encontro de uma loira com um voluptuoso silicone e disse-lhe que o seu corpo era como um templo. Ela esperguiçou-se e afirmou:
- Lamento mas hoje não há missa. É só para quem é do “jet-set”, tem Ferrari, ou é actor.
Aquela nega só me deu vontade de tentar mais uma vez. Procurei um género diferente e escolhi uma morena com aspecto sério. Pela conversa percebi que era intelectual (ou lia o “blog” do Pacheco Pereira). Estava interessada em saber se eu era escritor ou realizador, mas desviei o assunto e perguntei-lhe se me podia dar o seu nome. Desiludida, disse logo:
- Porquê? Não lhe deram um?
A noite estava a ser um falhanço e estava a fazer-se tarde. Dirigi-me para a saída. No entanto, apareceu à minha frente uma quarentona com um aspecto macho, barrando-me o caminho e lançando-me olhares sedutores. O que eu precisava era de companhia, por isso tentei saber logo o que ela queria num homem. Ela riu-se e segredou-me:
- Nada! Se os homens não existissem, as mulheres domesticariam outro animal.
Fiquei estranhamente aliviado. Saímos juntos e fomos falando sobre política pela rua. Porém, a certa altura ela parou e, assustada, disse que não tinha reparado que eu era de direita.
Não percebi aquilo e resolvi perguntar se queria sair comigo no próximo sábado. Ela fugiu, gritando:
- Lamento, mas vou estar com dores de cabeça.
Fui para casa. Preferi estar sozinho, longe até dos amigos. Só pensei no meu tio Alberto, que quando lhe disseram que a mulher o estava a trair com o melhor amigo, foi para casa e deu dois tiros no cão. As mulheres!... As mulheres são anjos... o problema é quando ainda estão vivas.

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Brasil, país irmão

Ontem sonhei que estava numa praia do Rio de Janeiro, cheio de mulatas bonitas de biquini a minha volta. O melhor de tudo era estar em pleno Verão, longe do Inverno interminável daqui, do frio, das gripes fortes e da Casa Pia. Depois pus-me a pensar no Brasil, país irmão e terra longínqua.
O brasileiro fala uma língua muito complicada: o “pórtuguêix”. Utiliza frequentemente expressões incompreensíveis como “légau”, “manêra” e “cafágesti”. Embora haja muitas coisas que nos aproximem do Brasil, esta é a que mais nos afasta.
Numa análise puramente económica, pode-se dizer que o Brasil exporta para Portugal material em grosso (especialmente para o distrito de Bragança), profissionais de futebol e telenovelas; por sua vez, Portugal exporta anedotas de humor duvidoso. A maioria dos economistas dizem que o Brasil é um país do terceiro mundo: as favelas, os “sem-terra”, a insegurança e programas como o “Sai de Baixo” confirmam isso mesmo. No entanto, alguns economistas portugueses negam isso tudo, através da análise do luxo vivido por todas as personagens das telenovelas e séries.
O brasileiro típico tem todas as capacidades para ser um excelente apresentador de concursos de TV: é animado, comunicativo e manipulador. Mas talvez a maior qualidade seja a capacidade que tem de dizer, “no final tudo vai ficar numa boa.”. De facto, o trabalhador no Brasil tem uma produtividade muito baixa, mas orgulha-se disso; enquanto o português só se preocupa em fazer de conta que trabalha nas quarenta horas semanais.
Uma das características actuais e fundamentais do nosso país irmão é que é governado por um homem chamado Lula. Aqui em Portugal pensamos muito nele, principalmente quando nos assuamos. Mas agora a sério: acho muito bem a política de confrontação com os EUA, deviam invadir aquela terra de “novos-ricos” e provar que uma antiga colónia portuguesa é melhor que uma inglesa.. Podiam começar por desviar o teleférico do “Pão de Açucar” contra uma cidade americana e organizar uma marcha dos “sem-terra” em direcção a Washington.
Em suma, é pena o Brasil ser tão longe. Deviam fazer uma auto-estrada daqui até lá em vez de pagarem tanto ao “Felipão” Scolari. O dinheiro dava para fazer uma via enorme e eu, que tenho pavor de andar de avião, podia mudar de casa todos os semestres e ter Verão todo o ano.